Festa de início de ano

Festas! Era algo que eu não estava comumente habituado e teria de me acostumar, afinal por aqui festas pareciam ser algo bem comum e, diferentemente das antigas escolas normais nas quais eu estudei, eu não poderia faltar a tais festas, sendo algo obrigatório para minha desavença. A festa iria ocorrer no auditório, onde todos comentavam que o tema da mesma seriam em homenagem aos vampiros. Bufei em contrariedade, vampiros devem ser tão apreciados assim? Eles afinal não alimentam-se de sangue humano - neste caso eu e a metade da escola - ou haviam desenvolvido alguma bebida sintética como Tru Blood? Evitei dispersar-me durante aqueles pensamentos meio agressivos e voláteis e me dirigi ao meu quarto, onde lá abri o meu guarda-roupas de mogno cor vinho e fui retirando aos poucos as roupas, por fim, fazendo uma escolha de roupa mais ou menos elegante e casual para a situação: uma calça negra social, com sapatos negros de bico fino bem encerados e novos com uma camisa negra com mangas curtas e por cima, um blazer de um cinza-escuro com as partes inferiores de sua gola negras, além dos botões arredondados e negros. Não era bem vermelho, porém deveria servir.
Com passos apressados me dispus a caminhar em direção ao suntuoso salão onde a primorosa festa ocorria, ainda com poucos alunos dispersos cada um em seu lugar, irrequietos, ansiosos pelo início da festa. Enfiei minhas mãos nos bolsos, observando as fitas vermelhas e as cadeiras de cores similares e paredes pintadas de vinho, com bebidas escuras imitando o líquido que corre por estas veias humanas e provavelmente saborosas para os vampiros. Mordi o lábio inferior, ansioso e então eis que surge um homem alto, forte e de aparência não muito amigável, que exibe um sorriso galanteador e largo e começa a falar sobre o auditório ser nossa pista de dança - eu nunca iria dançar - e fala sobre diversas coisas chatas e entediantes, que mesmo assim eu ouvia e armazenava em minha mente, porém, sua frase sobre telepatas tomarem cuidado dobrado com a bebida alcoólica. Fiquei receoso, pensei em voltar mas como eu não ligava para bebidas mesmo, permaneci quieto e fitei-o e pude reconhecê-lo como um telepata, porém, algo nele era mais... expansivo, poderoso e chegou a fazer minhas têmporas arderem e eu perder a noção de equilíbrio por segundos, sem sombra de dúvidas era ele um poderoso telepata. Como era um dos professores e diretores dali, pude logo fitá-lo como o Telepata Alfa dali, e, assentindo para mim mesmo, fui numa das mesas sorrindo amigavelmente para um dos garotos loiros que recepcionava-nos e nos oferecia bebidas em copos grandes de plástico, vermelho-transparente com uma bebida cor vinho.
- Aceita sangue de vampiro? - falou ele oferecendo-me um dos copos. Fitei-o, pegando um dos copos da bandeja e beberiquei, confirmando não ser realmente sangue e logo assenti para o loiro. - Isso tá uma delícia, você vai ficar muito louco e vai querer chupar todo mundo e no final da festa... - ele começou a falar interminavelmente numa velocidade absurda, pegando na minha mão e puxando-me para a pista de dança.
- Deixe-me em paz! - falei firmemente utilizando um de meus poderes nele, e logo o loiro obedeceu-me e saiu de perto. Suspirei lamentando ter de usar meus dons, porém, até que seria útil utilizar meus poderes e me defender.
Rolei os olhos sob o salão, de repente perdido e deslocado. Engoli em seco e tomei meu líquido estranho que deveria ser suco de morango ou de uva, observando o movimento.

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Observava o movimento dali, desde os corpos dançantes e vibrantes com um fulgor jovial até a iluminação extremamente forte que irritava meus olhos. Sentia meu coração palpitar nervosamente e puxei uma das cadeiras vermelhas de plástico não muito confortáveis e sentei-me, apoiando as meus cotovelos no pano vermelho da mesa e pondo as mãos nos olhos, tentando evitar o fluxo de pensamentos, tudo preso em minha garganta de forma que eu sentia um gosto de ferro na ponta da língua e sentia meus olhos doerem, querendo fecharem-se. Meus lábios tremeram, meu coração deu uma pausa que jurei que eu iria morrer e logo abri os olhos, fitando a mesa estranhamente maior. Em segundos, percebi que a mesa plástica levitava, então desencostei os cotovelos da mesa e abri minhas mãos, cada uma com as palmas abertas como se eu pudesse com o demonstrar das mãos controlar a mesa - e eu realmente estava fazendo isso! - e então sorri, ficando de pé, entretanto algo tomba em mim e então perco a concentração. A mesa cai fazendo um estrondo baixo por conta das músicas chatas que tocava, e alguns jovens olham-me assustados, outros ouriçados e outros com um olhar indiferente, fazendo-me baixar a cabeça, corando e ficando vermelho, sentindo meu rosto arder. Virei-me e então avisto a morena que trombou em mim, que ao invés de pedir desculpas, apresenta-se normalmente como se nada tivesse acontecido. Tinha cabelos negros e uma maquiagem forte no rosto, com roupas negras e simples, porém belas em seu corpo escultural cheio de curvas, com olhos verdes ao meu ver - a iluminação era forte demais - e apresentou-se como Rebekah, em seguida perguntando meu nome. Suas feições, apesar de selvagens, emitiam uma personalidade tímida e um tanto abatida, sofrida, e logo meus pensamentos grosseiros sobre ela ser a grosseira se esvaíram de minha linha de raciocínio.
- Oh, eu sou Vladimir Salem Rivers, prazer em conhecê-la, Rebekah. - falei estendendo minha mão direita, fitando-a de forma amigável e forçando um sorriso amplo, apesar de eu achá-la conhecida demais.
Infelizmente, eu não havia percebido, porém minha mesa flutuante ao cair trombou em outra onde o líquido virou sobre um loiro de aparência angelical e eu logo tratei de arregalar os olhos, assustado. Eu abri a boca para pedir desculpas, mas comprimi meus lábios em susto e aproximei-me da mesa do mesmo, com certo medo afastei a mesa e ofereci minha mão para ajudá-lo a levantar-se da cadeira.
- Mil perdões, fui um tonto... - falei entristecido e nervoso, logo depois dirigindo um olhar para a morena, agradecendo por ela ainda estar ali e sorri sem jeito.
Puxa, como eu era lerdo!

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The party is now

Os alunos estavam começando a chegar quando eu voltei a minha realidade. Eu estava muito longe, em outro século para falar a verdade. Odiava me sentir velho e tudo aquilo, mas fazer o quê? Eu era um telepata imortal, eram essas as desvantagens de não morrer nunca mais. Ao menos a maldição da minha família havia tido um fim e Helena estava ali, com poderes, como eu. Enfim, vamos ser mais felizes e mais amigáveis agora.

Embora essa não fosse  a minha praia eu precisava ser amigável, não é mesmo?  Eu preferia ser o sujeito mal que explodia mentes e controlava pessoas, mas não podia fazer isso então eu me reanimei e fui falar com Abigail. Sem mais nem menos estava ouvindo a música tocar, acho que era Radioactive. Sentei ao seu lado e falei - Abigail! Não está tão ruim assim, está?


Thanks Tiago © 2013

s labios preenchidos por seu batom rosa brilhavam enquanto caminhava por entre todo o salão. Alaska não esforçava-se para mostrar a beleza, mas tinha conhecimento de tal. Seus saltos altos ressoavam por todo o salão, enquanto sua postura perfeita chamava atenção dos olhares desconhecidos, um sorriso surgiu sobre seu rosto.
A grande festa era especialmente para os queridos vampiros, que pela opinião de Alaska, possuíam apenas uma vantagem: Serem para sempre bonitos. Passou os olhos por todo o lugar, decepcionada por não encontrar nenhum de seus melhores amigos presentes. De qualquer modo, não deixou-se por abalar totalmente, logo um leve suspiro percorreu por todo o seu corpo.
Afinal de contas, Norfoy estava mesmo precisando de uma festa.

Party.

Rebecca estava atrasada, apesar de isso não ser mais nenhuma novidade para os amigos da morena. Pelo menos ela estava bonita, era isso que repetia a si mesma enquanto caminhava apressada - para humanos - em direção ao Auditório. Já tinha visto seus amigos e agora estava até mais tranquila, apenas faltava encontrar os seus professores favoritos. Com esse pensamento, concluiu seu caminho até o Auditório e sorriu ao encontrar Draco, o professor de Educação Física. Correu até ele na velocidade normal e o abraçou, ignorando o cheiro de cachorro que o lobisomem possuía.

are you what you wanna be? ♛

Você aí que pode estar pensando que vida de fantasma é fácil, está completamente errado. Nós espíritos somos criaturas solitárias, passamos séculos e mais séculos admirando a vida dos outros, sem nunca deixar de esquecer que a nossa já se foi. É triste, é trágico e é uma merda. O pior é quando se sabe que morreu de forma injusta, que, se não fossem pelas almas ruins nesse mundo, teria passado vários anos aproveitando as coisas oferecidas pelo nosso planeta É engraçado como as coisas que mais fazem falta para mim são aquelas pequenas que não damos valor até que as perdemos. São coisas como o vento bagunçando nosso cabelo, o calor do sol, a sensação de contato humano, a grama verde tocando nossos pés e as gotas de chuva molhando nosso corpo que mais fazem falta. Contato humano principalmente.

A cada segundo que passa, me arrependo de vir para essa escola. Tanta gente bonita no mesmo lugar, tantas possibilidades sendo impedidas por um pequeno grande empecilho: eu sou uma fantasma. Qualquer tipo de contato me foi provido, sou literalmente invisível aqui (mentira, eu posso ser vista, porém sou meio discreta demais). Na minha breve experiência pós-morte, me encontrei com alguns espíritos, porém eles logo partiram, pois encontraram aceitação. Uma sábia profetisa falecida um dia me explicou que o que falta para mim é isso, aceitar e conseguir cumprir com aquilo que me prende nesse mundo. Mas, o que poderia ser?

- Merda, de pós-vida... - Murmurei, grata por ninguém conseguir me ouvir de onde estava. A festa de início do ano estava apenas no começo, e eu já estava "morrendo" de tédio. -  Ha Ha, que engraçada você é Fionne Grace. Aposto que "morreria" de rir de si mesma. - A solidão havia me enlouquecido há muito tempo. Assim, desenvolvi o lindo hábito de falar sozinha. Sou uma companhia incrivelmente adorável, e meus trocadilhos, diga-se de passagem, são "de matar".

Apoiei-me na parede mais distante da pista de dança e observei meus trajes. Tinha aprendido que eu refletia a moda da época, e, naquele momento, vestia um vestido preto justo na cintura e solto até o meio das coxas e um par de saltos vermelhos. Para quê sapatos, sempre me perguntei. Eu "flutuo". Revirei os olhos com meus pensamentos e observei os corpos se tocando na pista, com inveja. Eu nunca seria capaz de me aproximar de alguém, sabendo que ele logo morreria e, com sorte, partiria, enquanto eu estava presa nesse mundo.

Party õ/

Notes: Bláblá ♦ Tagged: Você ♦ Words: Muitas 'O' ♦ Wearing: No momento, não importa

♦ The White Swan ♦

are you what you wanna be? ♛

Meu ser balançava de acordo com o ritmo da música extremamente alta que tocava na festa, contra a minha vontade. Tinha de admitir, as bandas modernas eram infinitamente melhores do que as da minha época de nascença, porém nada se comparava à época de glória musical. Os anos 80 nunca seriam vencidos por esse tuts tuts constante e irritante. O fluxo de gente naquele auditório aumentava a cada segundo, com mais e mais adolescentes enlouquecidos e carentes de sexo, e comecei a me sentir claustrofóbica (como se isso fosse possível, bobinha). Demorou um pouco, porém após observar bastante durante os últimos anos, aprendi como os jovens dançam atualmente, e agora balançava discreta no meu canto. Foi quando algo me surpreendeu. Ou melhor, alguém.

Um menino apoiado na parede oposta à minha me olhava. Mas que diabos... Seus olhos castanhos fixaram-se em mim com uma intensidade estranha. Congelei onde estava e o encarei observei atentamente. Não estava acostumada em ser notada pelas pessoas e aquilo estava me deixando muito desconfortável. Puxei a saia do vestido um pouco mais para baixo, tentando cobrir mais pele. Naqueles momentos em que me sentia exposta, as roupas de 1800 faziam uma falta danada.

- Parece até que viu um fantasma... - Falei para mim mesma baixinho, sem conseguir controlar o trocadilho. Zoar da minha condição era como uma piada mórbida que nunca perdia a graça. Voltei-me para o desconhecido do outro lado do salão e gesticulei sem sair nenhum som, apenas para que ele pudesse ler meus lábios daquela distância que nos separava -  Perdeu alguma coisa? - Foi então que percebi o quão estúpida fui. Ele deve ter reparado na minha pele translúcida, ou como sou incrivelmente pálida e reflito as luzes neons. Deve ser apenas outra criaturazinha que viu um fantasma pela primeira vez.

Revirei os olhos e desviei a atenção dele. Era apenas mais um curioso que nunca se importaria em perguntar, em se aproximar. Deixe-os viver com sua morte, não devemos nos importar, afinal, nem possuem sentimentos mais. Mentiras e mais mentiras que os outros criam para se sentirem melhor. Nós espíritos sentimos sim, e muito. Apenas não somos idiotas como os vivos para sair demonstrando tudo.

Come to Party

A mente é sua maior magia, você só precisa aprender a controlalá

Eu não havia feito nada de interessante desde que cheguei a Norfoy, para falar a verdade o único que eu conhecia aqui era meu colega de quarto, um híbrido de vampiro e lobisomem, enfim, todos os híbridos eram assim, menos eu, eu acho, o que me fazia me sentir um pouco sozinho, mas eu me sentia bem. Praticar um pouco de magia, fazer algumas coisas telepáticas, desde que cheguei aqui tem sido o que eu fazia.

Eu estava ciente da festa que aconteceria aqui, o professor telepata nos avisou, enfim, eu me troquei, coloquei uma blusa branca de gola V e uma calça branca jeans com um chapéu acinzentado com fita preta. Meu sapato era cinza como o chapéu.  Caminhei até o auditório e encontrei algumas pessoas comuns, o tal professor de telepatia, um outro professor e a diretora, Abigail.

Sentei em uma mesa e vi uma menina, não sabia seu nome, decidi treinar, minha telepatia falando em sua mente - Olá, meu nome é Matthew. - sorri acenando para ela de uma cadeira

Party.

Draco não tinha mudado nada e no fim, Rebecca agradecia por isso. As mudanças no mundo mexiam demais com ela. Infelizmente, ela era eterna.
Apertou o abraço, seus braços pequenos mal conseguindo dar conta de se fechar sobre o corpo de Draco.
- Eu senti sua falta. - confidenciou.

The party is now

Charles percebeu imediatamente que Abigail sabia de suas tentativas falhas de ser um professor bom e não um telepata psicopata, ele não conseguia ler todos os pensamentos de Abigail, pelos seus anos de convivência ela aprendeu a se bloquear, mas alguns deles ainda vazavam para sua mente vez ou outra e este foi um deles - Você pode ser mais simpática - riu - Eles não precisam beber, mas proibir só piora as coisas - disse tomando um gole de vinho - Você pode se divertir um pouco, sabe? - disse ele tentando afastar os pensamentos dos jovens do local, eles eram realmente estranhos.

Thanks Tiago © 2013

Party õ/

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♦ The White Swan ♦

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Por um instante feliz eu me esqueci do garoto que me observava, pena que esse instante passou rápido demais. Quando olhei para onde ele estava agora a pouco, tinha sumido. Procurei-o no meio da multidão, curiosa com aquele sujeito, e encontrei-o vindo até a mim. Um desespero profundo me abalou. Existiam poucas coisas que eu odiava mais do que a sensação do vácuo que eu sentia quando um vivo tentava tocar em mim, e simplesmente passava reto. Eles podiam me ver, porém não me sentir, e quem mais sofria com isso era eu. Acalme-se, Fionne Grace. Se ele se aproximar demais você dá um passo para trás. Mordi a unha do dedinho direito enquanto olhava o desconhecido se aproximar. Ele claramente não entendeu a grosseria na minha fala anterior. Da próxima vez, talvez eu passe direto para "cuide da sua vida, eu já não tenho a minha".

Passei meus braços ao redor do corpo, tentando, em vão, esconder minha pele e engoli em seco quando ele em fim chegou. Uma expressão de irritação se formou em meu rosto, quando, no fundo, eu estava curiosa com aquela situação.

- Oi, me chamo Raamat Bane Talv, e você? - Sua voz esbanjava tranquilidade, o que apenas me deixou inquieta. Ninguém era tão calmo assim com os mortos, apenas, talvez, os mortos. Mordi o lábio inferior assim que percebi seus olhos dançando pelo meu corpo. Maldita moda do século XXI que nos obriga a se vestir como prostitutas.

-  O que você é? - Direta como sempre, dispensei as cordialidades e parti para o que realmente me interessava. Analisei Raamat com atenção, tentando achar algo que indicasse sua espécie - Com certeza não é um humano. Humanos temem os mortos... Será, talvez, um demônio?

Logo descartei os vampiros das hipóteses sobre o garoto de nome exótico. Ele emanava uma energia que apenas os vivos possuíam. Logo percebi que esqueci de me apresentar, ignorando toda a minha educação colonial. Se meu pai estivesse aqui, já teria apanhado. Um sorriso se abriu ao pensar na insatisfação que causaria no homem que matei, e sumiu tão rápido quanto surgiu. Estendi a mão direita para me apresentar, porém a recolhi, lembrando de que não conseguiria tocá-lo. Raamat era interessante, não queria espantá-lo ainda.

-  Sou Fionne. Fionne Grace Bönnore. - Meu sotaque francês ainda era ligeiramente perceptível, por mais que eu treinasse para acabar com ele - E estou morta.

Nova escola, novos amigos?

Helena fez uma careta para seu reflexo no espelho. Odiava o fato de ser tão magra e pálida, ainda mais em um colégio lotado de beldades sobrenaturais. Um bom exemplo disso eram as professoras do colégio. A garota conseguia se sentir incomodada apenas de olhá-las de longe, quem dirá o que iria acontecer durante as aulas.
Nessa noite, Helena tinha optado por usar um vestido preto simples, que ia até um palmo acima do joelho. Quando comprara, a moça da loja garantira que realçava suas curvas, mas agora a garota notava que não tinha nenhuma. Em seus pés estavam os velhos e surrados all-star de sempre. Definitivamente não usaria saltos nessa noite, já era desastrada o suficiente sem isso.
Sem mais enrolações, soltou o cabelo, observando os pequenos cachos caindo sobre seu ombro. Por fim, passou um gloss qualquer e vestiu seu casaco, saindo do dormitório.
Agora não estava mais tão perdida no Campus, de modo que foi fácil achar a localização do Auditório. Após um minuto perdida lá dentro, resolveu sentar em uma das mesas disponibilizadas ali. Foi quando uma voz surgiu em sua cabeça, era um tal de Matthew. Ele sorriu e acenou.
Esforçando-se para fazer igual a ele, Helena respondeu, também mentalmente.
"Olá, Matthew. Sou Helena."

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