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Norfoy Academy

Os dedos tocaram delicadamente o chão frio, deixando que um calafrio percorresse seu corpo calmamente até chegar na ponta dos cabelos. Os olhos abriram-se em quanto o silencio predominava o caos de uma única ala.
Sobre as paredes esbranquiçadas havia desenhos, riscos metafóricos que representavam a eternidade da ilusão. Contou mais uma vez os traços infinitos de sua pele, escorregando o dedo por entre cada cicatriz criada durantes o ano que ali passara.
O vazio estendeu-se pelo seu coração perfurado, transbordou por entre a boca trazendo a tona gritos improváveis, que não ultrapassavam mais do que as quatro paredes que a cercavam.
Atirou-se contra a parede, uma ou duas vezes, até que seu corpo estivesse sobre o chão gelado, encolhido em um canto. As luzes apagaram-se. A escuridão lhe levou a eternidade, ultrapassando as linhas do tempo em quanto o caos estendia-se por entre o comodo, repuxando os monstros que viviam por entre as escritas significantes de suas tremulas mãos.
Os olhos fecharam-se, um suspiro longo e vazio lhe terminou em um sono profundo. Um sono que duraria pelo o tempo em que precisasse, até que tornasses outro feto carregado  por entre o ventre de uma bela mulher. Não acreditava na vida após a morte, acreditava na transmutação daquilo que já se foi, na separação que junta-se novamente após alguns anos vagando por entre o mar escuro denominado vazio.

Day 'n' Nite