Festa de início de ano

O inicio...

 Ela simplesmente esbravejou, gritou e até deu uns tapinhas no garoto, aquilo foi incrível de se ver, mais um pouco e ela teria provavelmente quebrado a mão no rosto do garoto, que depois disso apenas pegou uma garrafa de bebida e seguiu seu caminho. Ainda brava tomou um gole de vodka, e então mais um; Will pensava que isso poderia fazer mal mais tarde, mas decidiu nada dizer a ela , pois simplesmente agarrou a mão dele e o puxou para a pista de dança com um sorriso no rosto, que o fez impossível de recusar.

Pararam em um canto longe dos outros alunos, e ali começaram a dançar. Will como tinha sido o sucessor de um trono, teve que fazer várias aulas enquanto ainda era uma criança, e uma delas era a dança, claro que para este tempo não era nada demais, mas ainda assim conseguia dançar de modo a não pisar no pé da moça.

- Então, como você já deve ter percebido, eu sou um simples e frágil humano que sabia muito sobre o sobrenatural e por isso vim parar aqui, mas e você, como chegou até aqui ? - Sem querer ofender a morena, Will fez uma sútil pergunta.
 
   
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   @Lilah

A moça riu, encantada com seu jeito de dançar. Era como se ele estivesse em outra época, como se não vivesse nos dias atuais. Deu dois longos goles em seu copo e o passou pro menino em sua frente. Ele encarou o copo, receoso, e Ridley sorriu, confiante. – Experimenta. — Antes que pudesse avisar que era uma bebida forte, ele deu um enorme gole, e fez uma careta. A menina soltou uma gargalhada. Era engraçado o jeito que ele agia, como se tivesse nascido 400 anos atrás. – Bem... Meu pai é um dos três demônios mais poderosos do inferno. Minha mãe é uma arcanjo. Minha família é complicada, mas enfim... Aqui estou eu. — Ela riu. Não sabia se o menino ficaria assustado ou encantado de estar dançando com uma garota metade demônio, mas não poderia se fingir de uma coisa que não era.

O inicio...

 Ela simplesmente era muito forte, vodka, um simples e longo gole foram o suficiente para embrulhar o estômago de Will, nunca tinha bebido algo assim, não teve como conter uma careta enquanto tomava dela, mas só de ouvir a gargalhada da morena o fez saber que tinha valido a pena, incrível como ela o fazia se sentir bem.

– Bem... Meu pai é um dos três demônios mais poderosos do inferno. Minha mãe é uma arcanjo. Minha família é complicada, mas enfim... Aqui estou eu. - respondeu Ridley a Will. Ficou um pouco impressionado no começo, mas depois se sentiu mais interessado em conhecer aquela jovem mulher. - Interessante, acho que deve ter sido difícil sua infância, mas você é quem você 'deseja' ser, não importa quem eram seus pais - sem ofensa - , creio eu que a mulher que você é agora, é aquela que você realmente quer ser, extrovertida e valente ao mesmo tempo, claro muito bonita também. - Will indagava sua opinião sincera a morena, dizendo apenas a verdade. Logo a puxou pela cintura com uma grande pegada e a trouxe para mais perto de si, fazendo seus corpos se tocarem enquanto dançavam.

 
   
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   @Lilah

Não pode deixar de prender a respiração quando o menino a puxou para perto. Mordeu os lábios, nervosa. Ela nunca esteve tão perto de um homem antes. A música ainda tocava em um ritmo sensual, e para pelo menos fingir que ainda estava interessada em dançar, a menina começou a apenas mexer os quadris. – Como sabe tanto sobre mim? Só me conhece a menos de uma hora... — Ela perguntou levantando o rosto para observá-lo. Tinha horas que ela simplesmente odiava ser tão baixa.

O inicio...

 Olhando em seus grandes olhos verdes, Will simplesmente a fitou, seu toque fez a garota prender a respiração. - Como sabe tanto sobre mim? Só me conhece a menos de uma hora... - Com poucas palavras Ridley deu uma resposta e ao mesmo tempo uma pergunta a Will, que com um aperto mais forte na cintura da garota, respondeu - Porque só de olhar em seus olhos consigo imaginar o que você já deve ter passado, pois assim como você, não tive uma vida muito feliz, problemas sempre estavam me rodeando, mas deixemos para falar disso outra hora, o que eu quero agora é... - com uma pausa bruta, Will se arriscou a beijar a morena, delicadamente no começo, apenas tocando os lábios um do outro, sentindo a respiração um do outro até o beijo realmente começar, uma pequena fagulha que mais tarde se tornou um verdadeiro incêndio, até que a satisfação tomou conta de ambos os corpos, e assim continuaram a dançar agarradinhos.

 
   
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   @Lilah

The new year.

Tate fitou o horizonte por alguns instantes, voltando seu olhar para Abigail a tempo de vê-la sorrir para o rapaz às suas costas, até por fim voltar seu olhar para ele novamente. O garoto olhou-a por um instante ouvindo-a falar, e quando encontrou o horizonte novamente, o homem ali posicionado já mantinha-se observando alguma outra coisa que Tate não tentou descobrir. Apenas concentrou-se em focar sua atenção em Abby. - Estou bem, dentro do possível, que não é muito, claro. Afinal, estou em uma festa que não gosto, com música que não me agrada, não é a melhor maneira de me deixar 'bem'. Pelo menos a companhia ajuda. - Sorriu, dessa vez, sem forçar nada.

Sem soltar a respiração nem por um segundo, Ridley esperou que o menino se aproximasse e tomasse a iniciativa. Ela não sabia o que estava fazendo, só o conhecia a algumas horas! Por que se sentia tão atraída? E por que diabos ia deixar que ele a beijasse? Mesmo com essas perguntas em mente, ela deixou seus lábios serem tomados pelos dele, calmamente. Sentiu algo queimar dentro de si, e a urgência se fez presente, transformando o beijo em algo quente, sensual, banhado em luxúria. As mãos da garota agora passeavam por suas costas, arranhando sua nuca de vez em quando e acariciando-o. Depois de alguns minutos, que para ela se pareceram segundos, os dois se separaram, já sem ar, e voltaram a dançar. Ridley abaixou a cabeça, completamente vermelha de vergonha, mas não pode esconder o sorriso que lhe brotara nos lábios. Não tinha certeza, mas agora ela tinha a impressão que aquele seria um ótimo ano.

O inicio...

 Quente, esta era a palavra mais apropriada para definir aquele beijo, provocando olhares tanto de outros alunos como de professores que estavam no local. Mesmo assim continuaram a dançar ali por um breve momento, afinal aquele beijo deixou ambos sem respostas ou palavras a serem ditas, principalmente pela timidez deles, porém os dois estavam sorrindo quando se separaram.

Will pensava que se algo mais acontecesse poderia colocar Ridley e a si mesmo em uma situação muito ruim com a diretoria da escola, assim apontou para um canto onde poderiam se sentar e continuar a conversar. Pegou a mão dela gentilmente e a puxou para lá. Ao passar pela mesa de bebidas  puxou mais um copo de vodka e tomou um longo gole de seu conteúdo, dessa vez sem fazer careta, e então o ofereceu a garota enquanto caminhavam até o local.

- E aí, como acha que vai sua primeira festa no colégio ? - perguntava a morena, que já não dizia nada a algum tempo.

 
   
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   @Lilah

A menina pegou o copo que Willian a oferecia e sorriu, tomando um longo gole da bebida. Esperou até que os dois já estivessem sentados e se aconchegou, deitando a cabeça em seu ombro. – Eu acho que... — Ela começou a dizer e levantou a cabeça para olhá-lo – Acho que vai muito bem. Uma das melhores festas que já fui. — E ela não estava brincando. Ela já havia ido a milhões de festas no paraíso, festas divinas, que naquela época, ela achava que eram as melhores festas que poderiam existir, mas agora, ali, junto com Willian, ela mudara de opinião. Agora, ela achava que o melhor lugar que ela poderia estar era ali.
Ficaram um longo tempo em silêncio, até que Ridley finalmente criou coragem pra falar. – Então... Qual a sua história? — Ela perguntou, curiosa. O menino fez uma careta confusa. – Quer dizer, de onde você é? A história da sua vida...? — Ela continuou. Agora sim, ele a achava uma idiota.

O inicio...

Will ficou muito feliz com a resposta da garota, não teve como não fazer cara de 'bobo feliz' enquanto sorria para ela. Sentiu que finalmente tinha chegado a um lugar bom, ali, com uma garota linda do seu lado. Porém uma pergunta dela o deixou surpreso, sem saber o que dizer no começo, mas então pensou que talvez fosse bom compartilhar sua história.

- Bem, a história pode ser longa, então peço que não se aborreça. Sabe, creio que você já deve ter percebido que não sou um habitante desta época, eu venho de um passado bem antigo, um passado em que o país que hoje vocês chamam de Rússia era apenas um reino do qual uma vez fui rei. Talvez me conheça como " O Rei Azul " conquistador de várias terras, acho que deve ser isso que esta escrito nos livros de hoje, mas o que não está escrito é que fui tragado por uma busca que por fim acabou me matando. Mas então um grupo de magos muito poderosos da época usaram um feitiço para me trazer de volta a vida, claro que isso também deu errado e então fiquei preso por muito tempo em uma coluna enorme de gelo. Quando o gelo derreteu, o que não passa de alguns dias atrás, a diretora Abigail, veio me buscar para vir estudar aqui. Então cá estou eu.- Assim que terminou de responder a morena, respirou fundo porque estava quase sem ar.

- E você, me disse sobre sua família e tal, mas não me disse nada a seu respeito, apesar de eu já saber que você gosta de vodka e de garotos morenos, o que realmente quero saber é o porque de estar aqui e não com sua família, mesmo que seu pai seja um dos seres mais poderoso do submundo, e pensando bem, acho que ele não vai ficar nada feliz de saber que sua filha está com um humano. - Dizia isto enquanto passava um braço por cima da cabela dela, abraçando-a pelo ombro.



 
   
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   @Lilah

Ridley riu enquanto ele contava sua história. Não por ser engraçado, mas sim porque ele contava rapidamente, sem respirar, como uma metralhadora de palavras. Quando acabou, já estava sem ar, fazendo a morena rir. Ela pensou por um momento, mas então decidiu responde-lo com sinceridade, como ele havia feito com ela. – Bem, eu nasci dia 31 de outubro de 1995, em Londres. Os meus pais se amavam, e amavam a mim e a minha irmã gêmea, Rachel, mais do que qualquer coisa, mas eles sabiam que eles não poderiam nos criar juntos, porque o meu pai é um dos favoritos de Lúcifer e a minha mãe, uma dos oito arcanjos celestes. Os dois tinham seu lugar de direito e de alto nível em seu devido lugar, mas nenhum demônio pode viver pra sempre com uma única pessoa. Dizem que foi um milagre ele ter conseguido me amar e amar a minha mãe, pois demônios não deviam sentir nada a mais que ódio e desprezo. — Começou a tagarelar, mas logo parou para respirar. As lembranças eram dolorosas demais, porém ela tinha que continuar. – Minha mãe no criou no Paraíso, e conforme eu e Rachel crescemos, fomos ficando cada vez mais fortes, até que nos tornamos as preferidas de Deus. Mas Rachel se apaixonou por um humano, e anjos não podem amar mortais. Podem se envolver, ter filhos e até casar, mas nunca amá-los. — Ela levantou a cabeça para analisa-lo, mas não gostou do que viu. O menino fazia uma careta. – Deus a lançou para a Terra, com a pena de continuar imortal, mas sem nunca poder tocar o homem que amava e vê-lo morrer. Nosso pai a levou consigo pro Inferno e agora, ela é uma das mais poderosas criaturas infernais, junto com meu pai e o próprio Lúcifer. Um dia, Deus nos mandou para a Terra pra matar três demônios, que por acaso eram meu pai e minha irmã, mas eu não consegui. Nossos pais nos trouxeram até aqui, sabendo que Lúcifer e Deus estavam atrás de nós. — Ela terminou e sorriu. Agora Willian encarava o chão, ainda com uma careta. Ela não sabia o motivo, mas foi doloroso ver a dor estampada em sua face.

Isaac permanecia sozinho, não que achasse ruim. Estava até gostando da solidão em que se encontrava. Ao fundo ainda era possível ver as sombras projetadas pelo jogo de luzes que incidia nis festeiros. Tomava mais alguns goles até acabar e pediu outro copo de Whisky e começou a bebê-lo novamente. O líquido tinha um sabor peculiar e descia morno, aliás, para o garoto sequer aquilo o esquentava, não depois de beber direto do inferno. Rodava o copo, ouvindo tintilar do gelo no copo, observava os corpos que se mexia de um lado para o outro e tentava entender o mínimo significado daquilo. Não que fosse sempre assim: Frio, calculista, irônico e manipulador, mas, naquela noite não estava nen um pouco afim de diversificar.

O inicio...

Will ficou pasmado com a resposta que teve, na verdade apenas não gostou de parte dela. Começou a encarar o chão enquanto a morena falava, imaginando o quanto ela devia ser poderosa e o tanto que ela devia ter sofrido por causa disso. Ficou um pouco triste por saber que suas chances com ela tinham diminuído de 1,0 % a 0,000001 %, mas sabia que isto era o bastante para se arriscar. Puxou-a para mais perto de si, e abaixando a cabeça para olhar nos olhos dela, a beijou, não um beijo quente como havia sido o anterior, mas um beijo doce e calmo, aproveitando lentamente o sabor dos lábios dela, enquanto acariciava-a com sua mão direita.

- Olhe, você realmente está em uma enrascada, porém acho que com eu ao seu lado nada de ruim lhe acontecerá. - dizia em um tom otimista - Mas primeiro de tudo, acho melhor pararmos de beber, minha cabeça parece estar girando. - ainda assim continuava com um sorriso no rosto, queria fazer com que a morena se sentisse melhor para que esquecesse de seus problemas.




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@Lilah